Má digestão: hábitos comuns que podem prejudicar o processo digestivo

jul. 25, 2019

O mal-estar após as refeições nem sempre está ligado ao que comemos e, sim, a como e o quanto comemos 

É normal ouvir pessoas se queixarem de sintomas como azia, gases, sensação de estômago pesado e sonolência pouco tempo depois de uma refeição. Alguns desses casos são explicados por condições crônicas, como a doença do refluxo gastroesofágico .

Mas na maioria das vezes esses desconfortos podem significar que, a pessoa não esteja tomando os devidos cuidados no cotidiano. 

Caso você tenha se identificado com os sintomas descritos acima, veja a seguir alguns dos principais hábitos, que podem influenciar (e muito) no processo de digestão. Com quantos deles você se identifica?

Pressa na hora de comer

Na hora da pressa, fazemos as refeições o mais rápido possível. O problema é que, quando fazemos isso, não mastigamos a comida direito. Assim o nosso cérebro não tem tempo o suficiente para perceber que estamos comendo.

O processo digestivo j á começa dentro da boca: enquanto mastigamos, uma enzima é liberada para facilitar a quebra do alimento, deixando o nosso estômago menos sobrecarregado. Para que essa enzima tenha tempo de agir, o ideal é que cada refeição dure aproximadamente 20 minutos.

Postura durante a refeição

Comer deitado ou em qualquer posição que não seja ereta é outro erro muito comum, assim como falar enquanto comemos. No primeiro caso porque os órgãos responsáveis pela digestão, como o fígado, o pâncreas ou o próprio estômago, pode se comprimir de acordo com o nosso posicionamento, dificultando o processo digestivo.

 No segundo porque, ao falarmos, ingerimos mais ar do que o normal – ao chegar ao estômago, esse ar pode dificultar a digestão, gerando desconforto.

Ingerir líquidos enquanto come

Dependendo da quantidade e do que ingerimos, pode até ser uma boa opção! Por exemplo, tomar até 150 ml de suco não tem nenhum impacto decisivo no processo de digestão e também facilitar a mastigação.

Mais do que isso, no entanto, sobrecarrega o estômago, que levará muito mais tempo para digerir o alimento. Bebidas gasosas, por sua vez, podem ser um veneno: elas distendem o estômago, ou seja, mais comida entra e mais tempo dura o processo de digestão.  

Passar muito tempo sem comer

Muita gente pula refeições, seja por falta de tempo ou por acreditar que isso ajude a perder peso. Só que quando passamos muito tempo sem comer, apenas aumentamos as chances de termos azia: o ácido gástrico, produzido normalmente pelo estômago, acaba se acumulando depois de muito tempo sem a entrada de alimentos, e reflui para o esôfago. 

Quando comemos de 3 em 3 horas, esse ácido é utilizado no processo de digestão e, no resto do tempo, uma válvula presente no esôfago e responsável pela passagem dos alimentos (chamado esfíncter cárdia ou esofágico). Ela fica fechada, impedindo que o líquido saia e nos cause mal-estar. 

Beber pouca água durante o dia

A quantidade de água que é consumida no dia pode interferir na produção de saliva. Por isso, pessoas que têm a boca mais seca podem ter o processo digestivo prejudicado, já que a saliva não será suficiente.

Nesse caso, não afeta apenas no processo da digestão: a saliva também ajuda a eliminar bactérias da boca – evitando que cáries e outras doenças surjam.

Vícios

Nem a clássica pausa para o cigarro, ou a cerveja no “happy hour” do trabalho escapam dos hábitos inimigos do bom funcionamento do sistema digestivo.  É que a nicotina, uma vez na corrente sanguínea, chega ao sistema digestivo e diminui a contração do estômago – o que dificulta a digestão.

Além disso, a sua presença pode tornar o suco gástrico mais nocivo ao organismo, gerando úlceras.

O álcool, por sua vez, interfere diretamente em quase todos os órgãos: irrita as mucosas do esôfago e do estômago, prejudicando a absorção de nutrientes, e sobrecarrega o fígado e o pâncreas, porque altera a produção de enzimas. 

Estresse diário

O aparelho digestivo tem muita relação com o nosso estado emocional. Muitas vezes os incômodos sentidos logo após as refeições podem indicar estresse excessivo, seja pelas pressões do trabalho ou escola, pela locomoção diária em grandes cidades ou por outros problemas pessoais.

Mudar os hábitos alimentares e comportamentos citados acima pode ajudar a reduzir esse estresse cotidiano. Não custa nada tentar! 

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